segunda-feira, 9 de março de 2009

O papel dos pais na psicomotrocidade dos filhos.

Li este texto na rubrica "Médicos de Portugal" e achei bastante interessante, por isso decidi colocá-lo aqui neste blog.
..." Todo este desenvolvimento se processa de um modo espontâneo e gradual, pelo que não é passível de ser ensinado. Um perfeito desenvolvimento do corpo da criança não ocorre somente de um modo mecânico, são pois aprendidos e vivenciados no seio da sua família, onde a criança aprende a formar a base da sua noção corporal.
Para a criança o seu corpo é o "canal" mais adequado para a comunicação com o exterior. São, de facto as sensações percebidas, os movimentos realizados e o reconhecimento corporal que facilitam o conhecimento preciso de si próprio.
O movimento constitui assim um elemento organizador do pensamento da criança, através da qual, esta expressa e liberta os seus sentimentos, emoções que configuram a sua vida mental.
Os pais podem e devem auxiliar as suas crianças na aquisição da descoberta do seu corpo, na relação deste com o espaço envolvente, aproveitando assim os momentos que ofereçam condições objectivas para o exercício físico.
Através do lúdico e da brincadeira os pais podem em sintonia com os seus filhos realizar actividades diversificadas como por exemplo: exercícios práticos de descoberta do corpo - reconhecimento da sua cara, cabeça e pescoço, ombros braços, mãos, peito, costas, etc.. tentar mentalmente que as crianças localizem diferentes partes do corpo ( com os olhos fechados) através de jogos de imitação em que os pais servem de modelo à medida que vão nomeando as suas acções, e os filhos imitam, desenvolvendo a sua capacidade de percepção - motora.
Em suma, toda a relação pais/criança possibilita todas as aprendizagens ligadas ao movimento e ao jogo. O importante neste desenvolvimento da psicomoticidade é sem dúvida, que os pais partilhem sentimentos, caminhando com os seus filhos na busca da sua autonomia, da construção da sua própria imagem e se em todo este processo existir uma forte relação afectiva, a criança sintir-se-á respeitada, desejosa de escutar, experimentar, de FAZER!"
Cit. Andreia Fonseca

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