segunda-feira, 30 de março de 2009

Nege - 1 Couvelha - 0

Algum dia tinha de ser e a ser ainda bem que foi ontem. Assim ataco já o que tenho de atacar e ou estão comigo rumo a um caminho de sucesso ou têm a vida dificultada.
Ontem, o resultado final foi o corolário dos últimos dois treinos. Diminuição da concentração competitiva, atitude no treino negativa e um sentimento de entreajuda pouco condizente com uma equipa que quer vencer e ter uma dinâmica de vitória.
O jogo foi fraco, muitas vezes mal jogado (estava um forte vento), mas o que me deixou mais triste nem foi o resultado. Foi a apatia revelada. Nada que eu já não estivesse à espera, devido ao que já disse atrás, mas pela confirmação disso. A primeira parte foi para ... não esquecer, mas lembrar para não voltar a acontecer.. Não conseguimos colocar em prática a nossa estratégia, nem a nossa forma de jogar. Jogadores a passo, sempre mal colocados quer a defender, quer a atacar, a tentarem resolver sozinhos o que não conseguiam fazer em grupo. Depois sofremos um livre à entrada da área sem necessidade e sofremos golo num momento de azar. A bola bate no poste e entra a tabelar nas costas do GR.
Na segunda parte, tentámos a todo o custo empatar o jogo, melhorámos alguns aspectos mas nunca conseguimos criar ocasiões claras de golo. A arbitragem também tentou complicar o que foi fácil, mas não foi por isso que perdemos.
Um resultado que se pode considerar justo pelo que (não) fizemos no jogo principalmente na primeira parte, mas injusto tendo em conta o que o Nege também não fez para ganhar.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Couvelha- 1 Bustos - 1

Ontem, estreei-me como treinador do Couvelha em casa, perante o 3º classificado (Bustos). Como era natural, e depois da vitória na estreia em casa do então também 3º classificado (Calvão) queria vencer. O jogo com o Bustos tinha vários significados para mim. Em primeiro porque como disse atrás queria vencer o primeiro jogo em casa, depois quero que a equipa torne por hábito ganhar os jogos e depois porque o Bustos é um clube que representei, embora na formação, mas aprendi a respeitar (Pessoas, directores de quem gosto muito).
Quanto ao jogo, entrámos muito fortes. Criámos logo aos 7' uma grande ocasião de golo que falhámos. Depois o jogo entrou numa toada de bola cá, bola lá até que uma falta a meio campo contra nós (desatenção dos nossos jogadores) permitiu que fosse marcada rápidamente e ..golo do Bustos aos 27'. Aí, deu-se uma reacção forte a demonstrar carácter de grande equipa do Couvelha e criámos mais 3 ocasiões claras de golo todas elas falhadas. Fomos para o intervalo a perder. Senti que a equipa estava a querer fazer as coisas demasiadamente depressa. Estava ansiosa. Acalmei-os, fi-los ver que éramos melhores que eles e mudámos a nossa estratégia. Na segunda parte o jogo práticamente não existiu. Foi um constante anti-jogo por parte do Bustos, jogo sempre parado e com uma única equipa a querer jogar. Numa grande atitude e esforço colectivo conseguimos já no período de descontos empatar o jogo, já depois de termos falhado mais 3 ocasiões de golo e de termos enviado a bola á barra. Valeu pelo esforço e atitude e fiquei com a certeza que estou perante um grupo fantástico de atletas. Agora vamos preparar o próximo jogo em NEGE para trazermos os 3 pontos.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Exercício Físico Benéfico para Doentes cardíacos


"Estudo demonstra que a prática de exercício físico regular, durante 30 minutos, em doentes com insuficiência cardíaca, reduz em 15% o seu risco de internamento por complicações de insuficiência cardíaca e morte cardiovascular.
De acordo com um estudo divulgado hoje no âmbito da reunião anual do Grupo de Estudos de Fisiopatologia de Esforço e Reabilitação Cardíaca (GEFERC) da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, a prática de exercício físico teve uma redução significativa de 15% no risco de morte cardiovascular e hospitalização devido a complicações de insuficiência cardíaca, sendo estes dados, resultados corrigidos relativamente a alguns factores clínicos major.
Esta foi a principal conclusão do HF-ACTION, um estudo apresentado na American Heart Association Scientific Meeting Sessions 2008, que visa analisar os efeitos que a prática de exercício físico tem em doentes com insuficiência cardíaca.
O HF-ACTION envolveu 2.331 doentes cardíacos dos EUA, Canadá e França e consistiu na divisão dos participantes em dois grupos; o primeiro, recebeu o tratamento médico adequado convencional e o segundo, recebeu os mesmos cuidados terapêuticos, juntamente com um programa de treino de exercício físico regular.
Embora numa primeira análise, o treino físico tenha produzido uma redução não significativa do objectivo primário, hospitalização e morte, uma segunda apreciação revelou que, após ajustamento relativo a factores clínicos major, o exercício físico teve beneficio significativo. Assim, e segundo os investigadores, estas conclusões colocam de lado as incertezas sobre os benefícios que o exercício físico tem em alguns doentes de risco com insuficiência cardíaca.
"A conclusão mais importante deste estudo é que o exercício físico é seguro para doentes com insuficiência cardíaca, e que logo que foram feitos ajustamentos com base em características especificas, os resultados clínicos demonstraram isso mesmo" referiu Christopher O'Connor, Director do Duke Heart Center e investigador responsável pelo estudo.
"Na nossa opinião, estes são resultados importantes para os doentes e fisioterapeutas. Sabemos que é necessário muito tempo e um forte compromisso para responder à questão que temos colocado ao longo dos anos: Devemos pedir aos nossos doentes para participarem num treino de exercício físico? Agora sabemos que a resposta é sim," reforçou David Whellan, M.D. da Universidade Thomas Jefferson co-investigador principal .
Com base na segurança do treino de exercício e na redução de eventos clínicos, os resultados do estudo HF-ACTION apoiam um programa de exercício físico prescrito, para doentes com uma reduzida função ventricular esquerda e sintomas de insuficiência cardíaca, juntamente com terapêutica médica.

Características dos participantes do estudo
Os participantes do HF-ACTION tinham um significativo grau de Insuficiência Cardíaca, determinado pela fracção de ejecção ventricular esquerda (LVEF), que mede a força com que o coração bombeia o sangue através do corpo. O LVEF dos pacientes era de 25%, sendo o valor normal igual ou superior a 50%, e neste caso, os doentes já estavam a receber o tratamento mais adequado. Assim, 95% estavam a tomar medicação para insuficiência cardíaca, como IECA ou bloqueadores beta, enquanto 45% tinham dispositivos para aumentar a capacidade de bomba dos seus corações ou para controlar arritmias. A idade média dos doentes era de 59 anos e cerca de um terço, eram mulheres.
"Os doentes que participaram neste estudo estavam bastante debilitados e a receber um tratamento médico excepcional. Este facto torna os resultados que alcançaram com o programa de exercício ainda mais notáveis", reforçou David Whellan.

O programa de exercício:
Os doentes iniciaram o programa de exercício, com o objectivo de três sessões de exercício, durante 30 minutos, três vezes por semana. Após 18 sessões, transitaram para um programa em casa, com o objectivo de 40 minutos de exercício, durante 5 dias por semana, em bicicleta de manutenção ou na passadeira. Os doentes mantinham registos diários dos seus tempos de exercício e frequências cardíacas.
Os restantes doentes, continuaram a sua terapêutica médica e foram encorajados a terem uma vida activa. Todos os membros de ambos os grupos receberam formação sobre o valor do exercício físico.
Os investigadores seguiram os doentes durante dois anos e meio, monitorizando clinicamente os parâmetros de insuficiência cardíaca, qualidade de vida, hospitalização, eventos cardíacos e taxas de morte.
Durante o estudo, 796 (68%) dos doentes com tratamento médico convencional morreram ou foram hospitalizados, comparando com 759 (65%) dos que praticaram exercício. Além disso, registaram-se 198 mortes (17%) entre pacientes do grupo de tratamento convencional, comparando com 189 (16%) do grupo de exercício."
Cit. por Cátia Neves in Médicos de Portugal

domingo, 15 de março de 2009

Regresso com vitória!!

Hoje regressei ao activo em jogos oficiais. Há quase 2 anos que não estava à frente de uma equipa como treinador principal. Posso dizer que foi um regresso em grande. A minha equipa (Couvelha) ganhou num campo (Calvão) onde eu particularmente nunca tinha pontuado. Portanto, pode-se dizer que fiquei duplamente contente. Agora há que manter os pés assentes no chão e começar já a preparar o próximo jogo contra o Bustos, clube que também aprendi a respeitar depois do tempo que lá passei nas camadas jovens, e vencer.. Só esse resultado interessa para criar uma dinâmica vencedora.
P.S. Mais uma vez obrigado às pessoas que confiaram em mim neste novo desafio. Foi uma grande semana.

terça-feira, 10 de março de 2009

Pedro Bandarra de regresso ao activo.

Cheguei ontem à noite a acordo com o Couvelha para ser o treinador até ao final de época. É um desafio difícil, mas que penso que pode ter um final feliz. Quero desde já agradecer o convite e a confiança depositada em mim.

segunda-feira, 9 de março de 2009

O papel dos pais na psicomotrocidade dos filhos.

Li este texto na rubrica "Médicos de Portugal" e achei bastante interessante, por isso decidi colocá-lo aqui neste blog.
..." Todo este desenvolvimento se processa de um modo espontâneo e gradual, pelo que não é passível de ser ensinado. Um perfeito desenvolvimento do corpo da criança não ocorre somente de um modo mecânico, são pois aprendidos e vivenciados no seio da sua família, onde a criança aprende a formar a base da sua noção corporal.
Para a criança o seu corpo é o "canal" mais adequado para a comunicação com o exterior. São, de facto as sensações percebidas, os movimentos realizados e o reconhecimento corporal que facilitam o conhecimento preciso de si próprio.
O movimento constitui assim um elemento organizador do pensamento da criança, através da qual, esta expressa e liberta os seus sentimentos, emoções que configuram a sua vida mental.
Os pais podem e devem auxiliar as suas crianças na aquisição da descoberta do seu corpo, na relação deste com o espaço envolvente, aproveitando assim os momentos que ofereçam condições objectivas para o exercício físico.
Através do lúdico e da brincadeira os pais podem em sintonia com os seus filhos realizar actividades diversificadas como por exemplo: exercícios práticos de descoberta do corpo - reconhecimento da sua cara, cabeça e pescoço, ombros braços, mãos, peito, costas, etc.. tentar mentalmente que as crianças localizem diferentes partes do corpo ( com os olhos fechados) através de jogos de imitação em que os pais servem de modelo à medida que vão nomeando as suas acções, e os filhos imitam, desenvolvendo a sua capacidade de percepção - motora.
Em suma, toda a relação pais/criança possibilita todas as aprendizagens ligadas ao movimento e ao jogo. O importante neste desenvolvimento da psicomoticidade é sem dúvida, que os pais partilhem sentimentos, caminhando com os seus filhos na busca da sua autonomia, da construção da sua própria imagem e se em todo este processo existir uma forte relação afectiva, a criança sintir-se-á respeitada, desejosa de escutar, experimentar, de FAZER!"
Cit. Andreia Fonseca